Um dos textos mais lindos do mundo esotérico, de autoria de Eliphas Levi e incluso em seu Dogma e Ritual de Alta Magia, pág. 137 e citado por Madame Blavatsky, em A doutrina Secreta V, pág. 271.
"Podeis vê-lo muitas vezes triste, nunca abatido ou desesperado;
Muitas vezes pobre, nunca envilecido, nem miserável;
Muitas vezes perseguido, nunca acovardado nem vencido.
Porque ele se recorda da viuvez e do assassinato de Orfeu,
Do exílio e da morte solitária de Moisés,
Do martírio dos Profetas,
Das torturas de Apolônio,
Da cruz do Salvador,
Sabe em que estado de abandono morreu Agripa, cuja memória ainda hoje se calunia;
Sabe que provações teve de sofrer o grande Paracelso, e
Quanto suportou Raimundo Lula antes de ser-lhe infligida morte violenta.
Recorda-se de que Swedenborg teve que simular insanidade, e até perdeu a razão, antes que lhe fosse perdoada a sua ciência;
De que Saint Martin se viu obrigado a ocultar-se a vida toda;
De que Cagliostro morreu abandonado nas masmorras da Inquisição;
De que Cazotte subiu ao cadafalso.
Sucessor de tantas vítimas, ele, o Iniciado, nada teme, mas compreende a necessidade de calar-se".
Obs. Para Blavatsky, Cagliostro não teve o fim que Eiphas Levi descreve.