Li Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach, por volta dos meus vinte anos, em 1980.
À época fiquei maravilhado com a sabedoria contida no livro, em linguagem simples, mas de uma simbologia magnífica.
Tornei a lê-lo por estes dias (2010) e penso ter compreendido nuances, que não havia percebido antes.
O livro é dividido em três partes.
Na primeira, Fernão, o místico em treinamento, um pássaro em um milhão, tenta aprender idéias e práticas novas, e é banido do grupo a que pertence, pois avançou, enquanto outros permaneceram estacionados.
Mesmo banido, continuou estudando e praticando.
Com o que aprendeu, Fernão atinge o nível onde não precisa reencarnar mais.
Na segunda parte, Fernão morre e encontra seu verdadeiro bando, no plano cósmico que alcançou. Passa a continuar seus estudos em níveis vibratórios superiores, com Mestres de elevada sabedoria. Fernão aprende rapidamente, inclusive a projetar-se psiquicamente. Tempo e espaço deixam de existir. Compreende que é perfeito e ilimitado. Fernão jamais teve medo de aprender.
Fernão poderia ficar neste novo plano vibratório, mas a compaixão o impele a voltar para o plano físico e ensinar o que aprendeu. Fernão é então, um Mestre encarnado.
Na terceira parte, inicia-se a missão pública do Mestre Fernão, que admite discípulos e finalmente retorna ao bando que o baniu, para tentar atrair outros ao estudo esotérico, e o ciclo encerra-se, pois conforme recebeu, assim deu.
A descrição poética de Richard Bach, nessa linda parábola, é por demais feliz, pois muitos sentirão intuitivamente, a profundidade alcançada pelo autor.
Usemos as abençoadas asas que o Criador nos concedeu, para mais do que apenas ter, nos alçarmos às alturas mentais e espirituais a nós destinadas, desde o princípio do universo.
Observação: Naturalmente que não percebi o texto totalmente. Há muito mais a ver, do que o anotado acima. Boa sorte.