Sócrates (470 a.C.) aceitava a Lei da Reencarnação, pois assim nos relata Platão (428 a.C.), em Fédon, escrito com base nos ensinamentos finais de Sócrates, momentos antes de ingerir o veneno mortal, que poria fim à sua vida.
Em Fédon, Sócrates defende a pré-existência da alma ao corpo; sua imortalidade ou sobrevivência ao corpo e seu retorno, em outro corpo, para outra vida.
Deixando de lado a impossibilidade de reencarnação em animais, pois uma vez aperfeiçoado o corpo vital ou linga-sharira, o duplo do corpo físico, atingindo este o nível humano, não há possibilidade de retrogradação, pois o corpo vital mais complexo, exige um corpo físico correspondente; a teoria está correta.
A alma, nos dizeres de Sócrates, permaneceria em determinados locais, onde receberia sua recompensa por suas boas ou más ações (nada mais que a Lei do Carma ou da Causa e Efeito) e após, renasceria para mais vidas, em outros corpos físicos.
Que esses locais sejam no Cósmico, em planos vibratórios superiores e não no próprio planeta Terra, em nada diminui a tese, que no seu contexto é sábia e completa, desde que a compreendamos em seu sentido, em seu significado e não nos atenhamos aos meios para descrevê-la de que Sócrates se utilizou.
Não fossem Sócrates e Platão referências na evolução do pensamento da humanidade, e não fossem essas teorias anteriores ao Cristo em quase cinco séculos, e não teriam importância.
Entretanto, a existência de teorias deste tipo, nos sugere o fato de que a reencarnação e a Lei do Carma eram leis esotéricas aceitas ao tempo do Mestre Jesus, como nos mostram os textos contidos em Mateus 17, 11-13 (reencarnação) e Aos Gálatas VI, 7 (Lei do Carma).
Que cada um julgue o motivo pelo qual, foram essas leis retiradas das teologias ortodoxas atuais.