Dos relatos em livros que li de pessoas que passaram pela experiência de Consciência Cósmica, a exata ausência de palavras para descrevê-la é uma das características mais comuns.
Paulo em II aos Coríntios, Capítulo12, versículos dois a cinco, parece aludir a uma experiência desse gênero.
A experiência de Consciência Cósmica pode dar-se através de um Mestre pessoalmente, e então a pessoa estaria no próprio corpo, assistiria fisicamente o ato, como se deu com Jesus e Moisés.
Entretanto, também pode dar-se psiquicamente, e então a pessoa estaria nos dizeres de Paulo, fora do corpo, numa projeção astral ou psíquica, e com o corpo psíquico participaria do ato, tomando consciência dele dessa forma.
A essas duas formas ou hipóteses se refere Paulo nos versículo dois e três, salientando que não teria condições de afirmar como se dera o mesmo.
No versículo quatro, Paulo trata de relatar o fato em si e suas conseqüências, qual seja a que porta da Nova Jerusalém a pessoa adentrou (paraíso ou o terceiro céu do versículo dois) e o que aprendeu, quando alude a palavras que não podem ser descritas (inefáveis) e de que ao homem não seria lícito falar, naturalmente exceto àqueles que estivessem preparados para ouvir.
O novo estado de Consciência traz conhecimento e poder, como já afirmei alhures e neste caso, Paulo tenta dar uma idéia da gnose (conhecimento) adquirida no versículo quatro, ao referir-se a palavras inefáveis e que não podem ser faladas a esmo.
No versículo cinco Paulo afirma que de um homem assim irá gloriar-se, ou seja, um só homem cosmicamente consciente é motivo de glória e júbilo, inclusive para o Apóstolo Paulo.