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Salvação


É incrível como a ciência, vem por vezes, ou em quase todas as vezes, corroborar com a filosofia, notadamente a mística, pois os cientistas guiados, diria mesmo inspirados, utilizam-se de termos que à uma especulação profunda, preenchem totalmente os postulados da infinita incógnita que é o homem e o universo, tanto o que percebemos através dos sentidos físicos, como as tantas e tantas freqüências vibratórias que sabemos existir, porém de que não temos consciência.

Mais uma vez a ciência, desta feita, a que irá introduzir realmente o homem no Terceiro Milênio, a Informática, utiliza-se de termos que podem, com um pequeno ajuste, ser adaptado à filosofia, e a um dos mais elevados mistérios envolvendo o homem, qual seja, a sua Salvação.

Por Salvação, deve-se entender aqui o atingir da Maestria, transpor o portal que prende-nos ao corpo físico, deixar de reencarnar (a reencarnação é uma Lei, quer aceite-mô-la ou não) e preenchidos pelo Espírito Santo (adentrando em Consciência Cósmica; atingindo a Iluminação, o Samadhi ou Nirvana; percebendo a sarça ardente de Moisés ou contatando o Anjo Gabriel, como Maomé), permitindo que finalmente o Cristo em nós faça morada (Evangelho de João, Cap. 14, vs. 23), após o despertar de nossos centros de energia, edificarmos assim a Nova Jerusalém, que se compõem de Doze Portais (portões que significam os doze níveis de Consciência Cósmica, conforme Apocalipse, Cap. 21, vs. 9 a 27).

A efetiva Salvação, ou o deixar de reencarnarmos, atingindo a imortalidade, só viria após a transposição de determinado portal, ou de determinado nível de Consciência Cósmica ou do recebimento do Espírito Santo, daí a afirmação do Mestre Jesus, de que nos faria assentarmo-nos sobre doze Tronos (Mateus, Cap. 19, vs. 27 a 30); por isto resulta como inequívoca a conclusão que mesmo já tendo adentrado em Consciência Cósmica, ainda assim o homem continuará reencarnando até transpor o portal que o habilitará para a Maestria e a Imortalidade.

De registrar-se que este que ora digita estas idéias, talvez não seja abençoado com a vida eterna, entretanto, enquanto a divina providência, em sua magnificência, incomensurável beneficência e amorosidade, permite que mesmo quotidianamente ferindo a Lei, esta personalidade continue sendo, porque não partilhar convosco aquilo que poderá ser, para aqueles que conseguirem atender aos parâmetros que foram fixados pelo Criador, na Eterna e Imutável Constituição Cósmica, pois a Lei Divina se aplica, independentemente da vontade do homem.

Também não tenho mais nada para indicar-vos como balizadores, exceto as palavras de Mestres, como o Sermão da Montanha de Jesus (Mateus, Cap. 5 a 7), o Decálogo de Moisés (Êxodo, Cap. 20) e a poesia do Bhagavad Gitâ, os quais nos dão conta de quanto nosso caráter deve agigantar-se, antes de transpor o portal Cósmico ou Universal.

De registrar-se também, que com certeza, mais que a sexualidade humana, Deus sondará e registrará nossos corações, antes de julgar-nos.

Por estas razões, quedo-me não inerte, mas cauteloso e consciente de que se é possível atingirmos a perfeição (Mateus, Cap. 5, vs. 48), bem como fazermos as obras que os Avatares que nos antecederam fizeram (João, Cap. 14, vs. 12), até que nossa personalidade reflita a luz sem máculas e habilite-se para tanto, longo e árduo é o caminho.

Volvemo-nos à Informática, para traçarmos uma analogia entre o que pode ser a Mente Divina e conseqüente Única Alma Universal ou Super-Alma (over-soul); o Homem; a personalidade que evolui, que eleva-se em tomada de consciência e permanece após a chamada morte, ou seja, o Homem Interno, e finalmente, a Salvação, que já frisamos, é o atingir da Maestria.

Poderíamos dizer que a Mente Divina ou Alma Universal, corresponderia aos “Drive C” dos computadores, ou seja, o espaço existente para os arquivos;

a chamada Memória RAM, seria a Lei Cósmica, a Vontade Divina, o Cristo, que faz e permite a ação no universo; tanto o Homem Objetivo (aquele que se utiliza dos cinco sentidos apenas, e de uma parcela da memória e raciocínio), como o Homem Subjetivo ou Interior (aquele que se utiliza do sistema nervoso autônomo, da parte mais profunda da memória e de outras capacidades que não convém aqui discriminar, pois somente um estudo esotérico metódico e continuado poderá levar à compreensão e domínio dessas faculdades), são arquivos, um menos estável que o outro, pois o Eu Objetivo destina-se a uma encarnação somente, cabendo ao Homem Interior, com seu Arquivo Perfeito de Memória, efetuar o resagate (salvar as informações) das experiências de todas as encarnações, para que o aprendizado da personalidade prossiga (somente isto explica as capacidades inusitadas demonstradas por um homem e não por outro, pois a Justiça Divina não poderia privilegiar uma criado em detrimento do outro, e não existe acaso no universo de Deus).

As razões acima, já fizeram Spinoza afirmar que “... caso a Salvação estivesse bem à mão e pudesse ser descoberta sem grandes penas, como poderia ser desprezada quase que por toda gente?”.

Tudo que é nobre, todavia, é tão difícil quanto raro”.

E Lao-Tsé, no Tao-Te-King, texto V, vislumbrando algo que julgo ser semelhante, afirmou:

“Céu e terra não são bondosos. Para eles, os homens são como cães de palha, destinados ao sacrifício”.

Ao atingirmos a Maestria, suponho com segurança, que teremos atingido a imortalidade; a memória perfeita; o correto e completo modo de aplicar as leis cósmicas ou universais (leis que a exemplo das que regem o mundo físico, desvendadas pela ciência, regem os mundos emocionais, mentais, psíquicos e cósmicos, como a Lei da Causa e Efeito -carma, que recompensando-nos pelos bons e maus atos, mantém o universo do uso da vontade do homem em equilíbrio) e o caráter perfeito; portanto, não tenho como não entender que a evolução da personalidade, implica não apenas no aprendizado de leis cósmicas (ministradas numa Escola Esotérica ou de Mistérios), mas também na evolução ética e moral do homem, no ampliar de sua capacidade de amar, no viver na verdade, que convenhamos, é quase impossível, quando pensamos que tal se deve dar em emoção, pensamento, palavra e ação.

Deus é infinitamente pródigo.

Trilhões e trilhões de sois e infinitos planetas, onde a vida, ou seja, união da energia dos planetas (água, alimento e oxigênio), o “hardware”, com a energia oriunda das estrelas, o sopro da vida, (software), conforme Gênesis, Cap. 2, vs. 7, pode manifestar-se.

Milhares de sementes são geradas por uma única árvore, para que a manifestação prossiga; milhões de espermas, para gerar apenas mais um homem; milhões de espécies; energia abundante, infinita e nós, utilizando-as graciosamente, “vivendo a gratuidade da vida”, como já afirmaram.

Parece que o Criador não necessita economizar como nós, finitos possuidores, limitadores, armanezadores, e muitas vezes, destruidores, pois criando infinitamente, sem início ou fim, a Ele não interessam ou Nele não repercutem as teóricas baixas que passamos a chamar de morte, apesar da existência da Lei da Reencarnação.

Se não atingirmos a Maestria Cósmica ou Universal, tornando-nos co-laboradores do Criador, laborando em sua vinha, ultrapassando as barreiras egoístas do Eu Objetivo, em compreensão e consecução, existe a hipótese de “sermos deletados”, desorganizados, desintegrados e imediatamente a energia que assim é dispersa, dá margem ao surgimento de outra personalidade, outro arquivo, naturalmente que após o decurso do que chamamos tempo necessário a isto.

Se assim for, é injusto? Quem poderia dizer que não é justo?

De quanto tempo dispomos? De quantas encarnações dispomos?

Parece que ninguém sabe, pois ao que consta, nem Mestre Jesus, o Cristo, soube responder (Mateus, Cap. 24, vs. 36), entrementes a possibilidade maior, a meu ver, é de que o Apocalipse seja individual, pois a tomada de consciência é individual, de acordo com a vontade e a determinação de cada personalidade, que é deixada livre (livre-arbítrio), para cumprir ou descumprir a Lei Cósmica; evoluir ou estagnar, bem como, talvez hajam parâmetros diferenciados para o Eu Objetivo e para o Eu Interior, aquilo que permanece de nós; mas do mistério da Salvação, que é o atingir da Maestria e deixar de reencarnar, resta-nos quase que sem dúvida, a existência do Julgamento Final.

“Dura Lex; sed Lex”, “A Lei é dura, mas é Lei”, como diziam os Romanos;

“... nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”, (Mateus, Cap. 5, vs. 18, ao final), afirmou Jesus!


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