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Pascal – Iluminação ou Alquimia – Consciência Cósmica – IX


A genialidade de Blaise Pascal dispensa comentários, pois já foi reconhecida por toda a humanidade.

Mas teria sido Pascal um Místico ou um Alquimista, eis uma questão que merece consideração.

Dois grandes do universo da literatura esotérica escreveram sobre ele. O primeiro foi Richard Maurice Bucke, em seu Consciência Cósmica, que foi publicado no Brasil pela Ordem Rosacruz, Amorc. O segundo foi Fulcanelli, em As moradas dos Filósofos, com várias publicações em português, no Capítulo Química e Filosofia.

Para o Dr. Bucke, Pascal foi um caso de Consciência Cósmica; para Fulcanelli, Pascal teria presenciado ou efetuado a transmutação de metal inferior em ouro, um dos grandes objetivos da Alquimia, pois tal transmutação só é possível após a obtenção da Pedra Filosofal.

Ambos se baseiam no Pergaminho dobrado, encontrado por um criado, sob as roupas de Pascal, alguns dias após sua morte.

Citarei apenas as partes mais importantes, do que ficou conhecido como “O Amuleto de Pascal”.

“O ano da graça 1654, segunda-feira, 23 de Novembro, dia de São Clemente, Papa e Mártir.

Vigília de São Crisógono, mártir e outros, desde aproximadamente 10h30 da noite até por volta das 12h30 depois da meia-noite.

FOGO

Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó.

Não dos filósofos e sábios.

CERTEZA. CERTEZA. SENTIMENTO. ALEGRIA. PAZ”.

Como dissemos, Bucke interpreta o FOGO como a luz característica das experiências de Consciência Cósmica, e os demais sentimentos como o júbilo e êxtase que a acompanham.

Entretanto Fulcanelli vê na palavra Crisógono, a explicação para Pascal estar se referindo à transmutação de metal.

Crisógono, explica Fulcanelli, é formada de duas palavras de origem gregas (Chrysos), ouro e (passado, ido) geração. Desta forma teríamos o significado de geração do ouro, o que bastou para Fulcanelli assegurar que Pascal era um Alquimista.

Quanto a mim, não tenho dúvidas de que Pascal foi um elevado caso de Consciência Cósmica; já quanto a ser Alquimista, não tenho opinião formada.

Entretanto, às vezes penso que as duas conquistas, em nível elevado, se confundem (para nível baixo de Consciência Cósmica, não é necessário ser Alquimista em Laboratório, só em Oratório), pois a Prancha 15 e final do Mutus Liber, um famoso livro de Alquimia, traz a transfiguração do Alquimista em Mestre ou Adepto, alguém que completou o caminho Iniciático.


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