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Linguagem dos Pássaros


Linguagem dos Pássaros ou dos Deuses, afirma Canseliet, no Prefácio à Segunda Edição de O Mistério das Catedrais, de seu Mestre conhecido no mundo por Fulcanelli.

Neste Prefácio Canseliet afirma que Fulcanelli encontrou a chave perdida da Gaia Ciência, da Língua dos Deuses ou dos Pássaros.

Mas que é esta decantada Linguagem?

Fulcanelli, no Capítulo Cabala Hermética, de As Moradas dos Filósofos, nos esclarece:

“A língua dos Pássaros é um idioma fonético totalmente baseado na assonância. Portanto, a ortografia, cujo próprio rigor serve de checagem para as mentes curiosas e que torna inaceitáveis quaisquer especulações realizadas fora da gramática, não é levada em conta.

... Isso significa que o sentido dos livros sagrados não é literal e que é essencial saber como recuperar seu espírito por meio da interpretação cabalística, como é o costume para se entender as obras alquímicas.

Os raros autores que mencionam a língua dos pássaros colocam-na em primeiro lugar na origem das línguas.

Sua antiquidade remontaria a Adão que, de acordo com as ordens de Deus, a teria usado para impor nomes apropriados para definir as características de coisas e de seres criados”.

Quando os Mestres a utilizam em linguagem falada, três coisas podem acontecer: o Mestre fala, mas não é ouvido; o Mestre fala, é ouvido, mas a língua falada não é compreendida; o Mestre fala, e é compreendido integralmente, como se estivesse falando na língua natal de quem o ouve.

Exemplos do uso da Linguagem dos Pássaros, vemos em As Mansões Secretas da Rosacruz, de Raymond Bernard e em Fulcanelli.

“O Pai, depois todos os outros levantaram-se, e eu fiz o mesmo. Parece-me que o Pai pronuncia palavras e que os outros lhe respondem, mas não ouço nada”.

“O Pai dirige-se ao meu vizinho mais próximo e lhe diz algumas palavras que não compreendo” (Viena, página 42 e 54, As Mansões Secretas da Rosacruz, Raymond Bernard, Ordem Roscruz – Amorc).

O Terceiro exemplo vem de Fulcanelli, ainda no capítulo Cabala Hermética, citando Cyrano de Bergerac, que relata a fala por três horas, de um homenzinho, em uma língua que ele nunca tinha ouvido, mas que entendia melhor que a língua de sua ama-de-leite.

Esta é a língua usada pelos Mestres em Iniciações Psíquicas, e mesmo a dos Pássaros quando aparecem em Iniciações (veja a Iniciação de Jesus, em Mateus, Capítulo III, 13-17, da Bíblia Judaíco-cristã), sendo talvez daí que tenha surgido seu nome.


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