Diria como somos egoístas. Vivemos para nós mesmos e nossa família somente. Para a mulher e filhos, quando muito. Não nos afetam nossos irmãos ou mesmo nossos pais. É verdade, não nos afetam como deveriam afetar.
E o que dizer quanto aos terceiros? Quanto aos estranhos? Quanto àqueles que nos batem à porta, suplicando algo do que nos é supérfluo, os chamados párias da sociedade. Na verdade nem sequer existem para nós. Não converso, pois prefiro ler. Quero evoluir com o meu aprendizado. Escrevo tentando ensinar algo que não sei.
Gostaria de ser como o sol que a todos aquece, e com todos convive indistintamente. Porém, cada relacionamento meu vem sempre com algum objetivo escuso.
Desculpas não nos faltarão jamais e nem aqueles que nos apóiem, no nosso viver egoísta.
Talvez nos reste uma esperança. A harmonia mental, para aqueles aos quais negamos nossa ajuda material e nossa atenção.
Talvez tudo não passe de uma discussão ociosa e sem base alguma. Talvez tudo não seja um grande disfarce do egoísta que ousou sonhar em compartilhar dos problemas alheios.
Interrogue-se comigo?
Você é melhor do que eu? Não acredito, pois se assim fosse, nosso planeta não seria esta droga que é.
Já viu crianças como animais, vivendo embaixo de viadutos e pontes? Fez alguma coisa de concreto? Como eu, certamente nunca fez nada. E se orgulha de ser um cidadão e ter o respeito de sua família? Como podemos mudar. Como nossos maridos e mulheres podem nos ajudar a encontrar o caminho para a vida harmoniosa na Terra.
Quando seremos iguais, como dizem que somos em essência. Oriundos da grande fonte de energia, que ousamos chamar Deus.