“O maior cego é aquele que não quer ver”. É muito cômodo isolarmo-nos dos demais, tapar nossos olhos e ouvidos para os gritos dos aflitos, pensarmos única e exclusivamente em nossa família. Contudo, todo o Planeta Terra é uma grande família. Todos temos a mesma origem, todos somos irmãos. Aquele que consegue por uns instantes sequer, pensar em algo que não seja ele próprio, saberá responder a presente indagação. Termos um Governo estabelecido, compromissado com a realização do bem comum, com a melhoria da sociedade; pagarmos impostos, que teoricamente são aplicados em prol da melhoria da condição social dos menos privilegiados e nossa mesma, apenas explica nossa omissão frente aos graves problemas que atingem a humanidade.
Raciocinemos conjuntamente.
Temos uma casa confortável, móveis confortáveis, um bom carro, roupas, nos alimentamos bem, porém, vivemos tranqüilos?
Não. Por quê?
Se saímos fechamos toda a casa, com medo dos ladrões. Não há segurança nem tranqüilidade na sociedade atual. A luta pelos bens materiais gerou um ódio infinito, porém mascarado e os seres que habitam o planeta Terra, apenas se toleram, não se respeitam, não se amam mais. É uma verdadeira guerra, dos que tem para com aqueles que não tem ou não foram preparados para ganhar a vida com o suor de seu rosto. Se trabalho desejo um salário digno. Se nem todos os patrões pagam um salário razoável, não trabalho, e tentarei conseguir o que desejo da maneira mais fácil e prática, através de um ato considerado ilícito. Eis a realidade.
Se não estamos tranqüilos, porque nos omitimos?
Ora, é a saída mais fácil. Educar um ser humano, mudar algo na sociedade é a coisa mais difícil que existe. É muito mais simples movermos uma montanha, do que interferirmos na opinião de um homem. Vem a nossa mente outros pontos: a evolução se fará de qualquer forma, não há necessidade de participarmos, temos a eternidade... Será? É bem provável que sim.
Para construirmos um bom mundo, calmo e tranqüilo, não podemos deixar para o Governo e os impostos, uma tarefa que cabe a todos nós, cidadãos desse planeta.
Jamais educaremos de maneira impessoal. Só o faremos com muito amor e compreensão. Com muito entendimento sobre os nossos semelhantes e seus problemas.
De onde corre a água? Do mais baixo para o mais alto? É óbvio que não. Quem deve estender a mão? Os que estão com as mesmas vazias? Da mesma forma que a água desce do nível mais alto para o nível mais baixo, aqueles que tiveram oportunidade de conseguir reunir alguns bens, devem compartilhar com os demais, reestruturando a forma de pagamento e posse, para que possamos ter paz e harmonia em nossas vidas.
Se um tem mil, cem podem ter dez e todos podem ser felizes, inclusive o próprio um.
Se um persiste em ter mil, terá noventa e nove para perturbar sua tranqüilidade, e esperar um pequeno desvio de atenção, para tomar à força aquilo que seria seu, por direito natural.
Pensemos. Vale a pena continuarmos omissos?
Certamente que não!