“No principio só existia o caos”, esta é a afirmação da maioria dos livros religiosos, ao explicar a origem do universo.
“Ao caos, seguiu-se a ordem”, que poderíamos colocar como a harmonia, fato que também vem descrito nos livros religiosos.
Podemos então afirmar que o universo tende ao equilíbrio, à ordem e à harmonia, posto que há uma força imanente ao mesmo, que luta vamos dizer, para fazer com que as manifestações continuem.
Exemplifiquemos: numa reação química, se retirarmos parte dos componentes, os demais reagem até um ponto de equilíbrio;
Se deixarmos cair água numa superfície de mesma altura, a água distribui-se por igual;
Os planetas e as estrelas seguem um ritmo, e suas distâncias são de tal forma a mantê-los em equilíbrio entre si;
E finalmente, a luz se distribui por igual em um ambiente.
Poderíamos seguir adiante, e cientistas de cada área o fariam e melhor, mas creio ser o bastante.
Não sabemos qual é a verdade universal, a afirmação irrefutável, o conhecimento inigualável que tantos buscam. Porém, podemos nos aproximar um pouco desta.
Se aceitarmos a tese de que o universo tende à ordem e à harmonia, o homem como parte do universo, também terá a mesma tendência.
Assim vejamos:
Amor traz harmonia, ódio traz discórdia;
Bondade traz harmonia, maldade traz discórdia;
Carinho traz harmonia, raiva traz discórdia;
Altruísmo traz harmonia, egoísmo traz discórdia.
Chegaríamos se continuássemos, a enumerar as emoções que aproximam as pessoas, que facilitam o convívio e aquelas que separam as pessoas, que dificultam o relacionamento humano e que trazem o chamado sofrer.
Assim como é encima, é embaixo, já afirmou Hermes e se o universo tende a harmonia, naturalmente que o ser humano também deve ter um viver e relacionar-se harmônico, sem ódio e sem ressentimentos.
Para mim, para sabermos se nossos conceitos estão de acordo com uma verdade universal, devemos nos basear na premissa supra. Se esses conceitos colaboram para a ordem, para a harmonia, para o equilíbrio, estão de acordo com a Lei Maior, com a verdade universal, ao contrário, não.